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Se você analisar seus últimos tuítes, você diria que, em média, manda mais mensagens positivas ou negativas? Se você respondeu a última opção é bom visitar um médico - e ficar preocupado com sua comunidade.
Epidemiologistas, que ligam o ambiente e nossas emoções à ocorrência de doenças cardíacas, afirmam que o teor emocional de nossos tuítes pode ser um bom indicador dos riscos desses problemas em nossa vizinhança. De acordo com um estudo recém-publicado, as áreas em que pessoas que costumam xingar muito no Twitter vivem têm uma maior ocorrência de óbitos por estreitamento e endurecimento das artérias coronárias.
A peculiaridade dessa pesquisa é que esses problemas de saúde não ocorrem necessariamente com os autores dos tuítes - que têm, em média, menos de 31 anos -, mas sim com pessoas mais velhas que vivem nas mesmas áreas. De acordo com os autores da pesquisa, Johannes Eichstaedt e Hansen Andrew Schwartz, da Universidade da Pensilvânia "os tuítes de jovens adultos podem revelar características da comunidade, refletindo status físicos, psicológicos e econômicos compartilhados no ambiente".
Ou seja, se você reclama na rede social do atraso de ônibus na região, do calor e de outras coisas que também incomodam seus vizinhos, é possível que pessoas mais velhas estejam sendo afetadas por essas questões fisicamente.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram 148 milhões de mensagens enviadas de 1347 regiões diferentes dos EUA. Os tuítes eram analisados com base em conceitos como raiva, ansiedade e relações sociais positivas ou negativas. Com isso, nuvens de palavras eram formadas e associadas às regiões em que as mensagens foram emitidas. Invariavelmente, as áreas com mais palavras negativas apresentavam uma maior taxa de fatalidades por problemas cardíacos.
Não quer dizer que tuitar coisas ruins cause um estrago em sua saúde. Mas seu tuíte, aliado com mensagens de outras pessoas da sua região, é um bom indicativo do bem-estar da sua comunidade. E isso, por sua vez, é diretamente relacionado com a ocorrência de doenças cardíacas na região.