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Não é só no Brasil que o turismo cemiterial, que teve início principalmente nos anos 1980, tem força. Um dos maiores exemplos são as milhares de visitas feitas à Basílica de Santo Sepulcro, em Jerusalém. É lá onde afirmam ter ficado o corpo de Jesus Cristo antes da ressurreição, segundo a doutrina católica. Outro que lidera o ranking dos mais visitados do mundo está também o Père-Lachaise, em Paris, onde foram sepultados Édith Piaf, Jim Morrison, Allan Kardec, Fréderic Chopin e Oscar Wilde.
Um pouco mais próximo daqui está o Cemitério da Recoleta, em Buenos Aires. A necrópole, com 6.000 sepulcros, ganhou fama por conta do luxo das lápides, ostentação dos túmulos e histórias curiosas envolvendo os mortos lá enterrados. Uma delas é sobre a jovem Rufina Cambaceres, que na noite em que faria 19 anos seria levada ao teatro para ser apresentada à sociedade. Só que, momentos antes de sair para o evento, a garota foi encontrada morta e foi enterrada lá no dia seguinte. Dias depois, funcionários do local encontraram o caixão aberto, o corpo virado de lado e a parte interna toda arranhada, o que levou a crer que ela tenha sofrido catalepsia, doença rara que causa rigidez dos músculos e inconsciência. Por isso, em cima de seu jazigo tem a estátua de uma jovem segurando a maçaneta do túmulo.
Outra história que chama atenção de quem visita o local é o de Liliana Crociati, que tem a imagem de uma jovem acompanhada de um cachorro. Dizem que foi passar sua lua de mel na Áustria, em 1970, e morreu durante uma avalanche. O curioso é que no mesmo dia o seu cachorro Sabú faleceu de causas desconhecidas. Mas não tem para ninguém: o que chama mais atenção, embora seja simples, é o de Eva Perón, a Evita, primeira-dama de biografia polêmica conhecida pelos argentinos como a ‘mãe dos pobres’. Todos os dias, a partir das 15h, o cemitério oferece visita guiada. Vale a pena conferir.